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Book club - Eleanor Oliphant Is Completely Fine


When I bought this book I had no idea of he narrative I was about to dive into. I bought it at the airport on the way to Portugal because some people whose taste for reading is similar to mine recommended it. I began to read it when the plane took off with the intention of lulling myself into sleep so that I could nap during the three hours of travel that followed. When we landed I realized that I hadn't closed my eyes once, nor did I wish the trip was over, and I don't even like flying! Never has a book made me switch so quickly between emotions of happiness and sadness. Through her writing Gail Honeyman juggles the reader's emotions, creating a perfect balance between comedy and tragedy. If you like stories like "A Man Called Ove" or "Me Before You" you will surely like this work.

For me this is a story of both loneliness and extreme courage. The author makes us feel very close to the protagonist by writing in the first person which causes the reader to feel like he or she is inside Eleanor's brain. Through out the whole book I was rooting for Eleanor to release herself from the fog that prevents her from seeing the world as it is.

Eleanor Oliphant is, shall we say, strange. She's alone in the world, she always has been. As a child, she went from foster home to foster home without ever having the "privilege" of feeling protected and loved. But within life as she knows, she's fine, completely fine actually. She knows how to be alone and does not feel sorry for herself. She is intelligent and has an extensive vocabulary but nevertheless lacks the ability to filter her thoughts which causes her to say exactly what she thinks often causing embarrassing situations, even though she is unaware of the embarrassment caused.

The protagonist follows her routine to the letter. Work begins at 8:30am, at lunch she buys a sandwich and the newspaper that she reads from one end to the other completing the crossword last. At dinner she always eats pasta and salad. One pan, one plate. She goes to sleep around ten at night and on Wednesday she talks for ten minutes on the phone to her mother. "Mummy," equally responsible for her existence and all her pain...

At the weekend, the routine changes slightly. On Friday Eleanor buys a pizza and two bottles of vodka on the way home. The weekend is spent in a state of drunkenness and apathy, with no visits or exits, just watching time pass by. Until one day she falls in love, but the curious thing is that the person who Eleanor has fallen for does not even know of her existence. What happens after is both hilarious and painful.

While Eleanor thinks she has met the man of her dreams, another man comes into her life, Raymond. Together, as they are coming out of work, they help an old man who falls in front of them and that is the moment that determines the development of their friendship that will be the engine of numerous personal discoveries that Eleanor will face from then on. Oliphant finally has a friend, her first friend, Raymond.

Although the protagonist and Raymond develop a relationship that sometimes seems to be more than friendship, this book is not a romance, it's just about Eleanor and her metamorphosis. This may seem like a minor detail, but the fact that the character frees herself from the darkness of depression not through a romance but through the discoveries she makes within herself is to me the moral of the story. Eleanor Oliphant proves to us that happiness comes from within, from a state of generosity and love towards ourselves.

I don't want to put people off by saying this is a story about depression and self discovery, it is actually a really funny book that happens to also approach extremely important subjects in a very clever way. Gail Honeyman writes about pain with elegance and humor. Please do yourself a favour and read this book which is  both magnificent and necessary.

Quando comprei este livro não tinha ideia alguma da narrativa na qual estava prestes a mergulhar, comprei-o no aeroporto a caminho de Portugal porque algumas pessoas cujo o gosto de leitura é semelhante ao meu o recomendaram. Comecei a lê-lo quando o avião descolou com o intuito de através da leitura encontrar o sono e dormir uma sesta durante as três horas de viagem que se seguiam. Quando dei por mim tinha acabado de aterrar e não tinha nem fechado os olhos uma única vez, nem vontade que a viagem tivesse terminado, e eu nem gosto de andar de avião! Nunca uma obra me fez alternar tão rapidamente entre emoções de felicidade e tristeza. Através da sua escrita Gail Honeyman faz malabarismos com as emoções dos leitores, criando um equilíbrio perfeito entre a comédia e a tragédia. Se gostas de histórias como “A Man Called Ove” ou “Me Before You” irás certamente gostar desta obra.

Para mim esta é uma história tanto de solidão como de extrema coragem. A autora escreve na primeira pessoa o que faz com que o leitor sinta que está dentro do cérebro da deslumbrante Elanor e, deste modo, torça para que a mesma se liberte da neblina que a impede de ver o mundo como é.

Eleanor Oliphant é, digamos, estranha. Está sozinha no mundo, sempre esteve na verdade. Em pequena andou de casa de acolhimento em casa de acolhimento sem nunca ter tido o privilégio de se sentir protegida e amada. Mas dentro dos padrões de vida que ela conhece está bem, completamente bem aliás. Ela sabe estar sozinha e não tem pena de si mesma. É inteligente e tem um vocabulário extenso mas no entanto carece da habilidade de filtrar os seus pensamento o que faz com que exprima exactamente o que lhe vai na cabeça causando muitas vezes situações embaraçosas, ainda que a mesma não se aperceba do constrangimento causado.

A protagonista segue a sua rotina à risca. Começa o trabalho às 8:30, ao almoço compra uma sandes e o jornal que lê de uma ponta à outra completando no final as palavras cruzadas. Ao jantar come sempre massa e salada. Uma panela, um prato. Dorme por volta das dez da noite e à quarta-feira fala durante dez minutos ao telefone com a sua mãe. “Mummy”, igualmente responsável pela sua existência e por toda a sua dor...

Ao fim-de-semana a rotina muda ligeiramente. À sexta-feira Eleanor compra uma pizza e duas garrafas de vodka a caminho de casa. O sábado e domingo são passados num estado de embriaguez e apatia, sem visitas nem saídas, simplesmente vendo o tempo passar. Até que um dia a protagonista se apaixona por uma pessoa no entanto a mesma nem se quer sabe da existência de Eleanor. O que se sucede tem tanto de hilariante como de penoso.

Enquanto Eleanor julga ter conhecido o homem dos seus sonhos, outro homem entra na sua vida, Raymond. Juntos à saída do trabalho ajudam um idoso que cai na sua frente e esse é o momento que determina o desenvolvimento da sua amizade que será o motor de inúmeras descobertas pessoais que Eleanor fará daí adiante. Oliphant tem finalmente um amigo, o seu primeiro amigo, Raymond!

Ainda que entre a protagonista e Raymond se desenvolva uma relação que por vezes nos parece ser mais do que amizade, este livro não é um romance, é apenas sobre Eleanor e a sua metamorfose. Este pode parecer um pormenor com pouca importância, mas o facto de a personagem se libertar das trevas da depressão não através de um romance mas sim das descobertas que faz por si mesma é, para mim, a moral da história. Eleanor Oliphant prova-nos que a felicidade vem de dentro, de um estado de generosidade e de amor para com nós próprios.

Ainda que esta obra toque em temas como a depressão e que seja uma história de auto descoberta, é tudo menos lamechas ou aborrecida. Gail Honeyman escreve sobre a dor com elegância e humor. Obras deste género têm tanto de magnifico como de necessário.

 


Thank you so much for the support and feedback in my first book club blog post, I was not expecting it. At first I thought this kind of posts might not interest a lot of you but since reading is one of my favourite things to do, it makes complete sense that I dedicate some of my time to this kind of blog posts as well. Even if this book club awakens the interest in reading in one person only I'm already happy! If by any chance you have had the opportunity to read this book, I would be very interested in knowing what your opinion is. This is much more fun when I have the pleasure of reading your thoughts as well.

As you might expect the book that we will discuss in February is in Portuguese. This specific one very is very special to me me because it was written by a friend of mine, Kalaf Epalanga. I gobbled up his first novel, "Os Brancos Também Sabem Dançar" in two days. I can't wait to share with you what I felt during the journey Kalaf took me on!

Muito obrigada pelo apoio e pelo feedback no meu primeiro book club blog post, não estava nada à espera. Inicialmente pensei que este tipo de posts poderia não interessar a muita gente mas, afinal, ler é uma das coisas que mais prazer me dá, logo faz todo o sentido que me dedique a este tipo de posts também. Se este book club servir para despertar o interesse na leitura a uma pessoa que seja já me dou por contente! Acredito que "Eleanor Elephant Is Completely fine" ainda não esteja traduzido em Português mas tendo em conta o sucesso da obra julgo que não demorará muito. Se por acaso tiverem tido a oportunidade de ler este livro teria muito gosto em saber qual é a vossa opinião, isto tem muito mais piada quando tenho o prazer de ler o vosso testemunho.

Como é de esperar o livro que discutiremos em Fevereiro é português e é uma obra muito especial para mim uma vez que foi escrita pelo meu amigo Kalaf Epalanga. Devorei o seu primeiro romance "Os Brancos Também Sabem Dançar" em dois dias, mal posso esperar para partilhar convosco tudo o que senti durante a viagem na qual Kalaf me levou!


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