Friendships in my teens vs friendship now
I remember being a teenager and having dozens of friends at my birthday parties. I know that for many people, adolescence is or was not at all a happy period. Luckily in my case it was a phase where I lived friendship very openly and deeply.
When my friends came to my house, I never cared if it was tidy. This seems like an insignificant detail, but if we give it a second thought how many of us always make sure our homes are immaculate in order to welcome even the people who know us best? How many of us do not edit the way we behave when in the presence of others? Although I take great pleasure in sorting out the house to welcome my friends I confess that I miss those times in when my friends would show up without being invited, would sleep in the same bed as me and share all their clothes, make-up and CDs, as if everything we owned belonged to all of us.
At that time I fully believed that these friendships would remain with the same intensity forever and ever. That we would all live in the same city, that we would fall in love at the same time and that our children would play with each other. But no one told me (or maybe someone has, but with all the certainties that we have during adolescence, I didn't believe it) that when it came to adulthood our ways would naturally diverge.
Attending different universities, moving to another country, having different dreams, meeting new people, finding love, etc. are some of the factors that contribute to this inevitable separation. After all the journey that each of us makes is constantly changing and friendship in adult life manifests itself not in the quantity but in the quality of the time we spend with those who are special to us. I don't write this with any bitterness, I think this journey is called: growing up.
Although it took me some time to accept that it would not be possible for me to maintain the same kind of intimacy with all the people who were precious to me during adolescence, I still find it extremely important to invest in friendship. More and more I believe we depend on each other, and that there is something extremely liberating about sharing all the parts of us, even the ugliest ones, with a group of people that we know will not judge us. Often most of us invest in one person, a partner, to get all love and support on which we depend , and this leads to an inevitable dissatisfaction, thus it's important to have a support system, a tribe you can count on.
I really wanted to write about friendship because I met recently with my friends Vanessa and Fernanda in London and the photos that follow were captured during that day. At the time I found myself thinking that although we don't have the opportunity to be together often we continue to share a very strong complicity. Regardless of whether we are all on different paths, we find in each other the comfort of a friendship more than a decade old. Now, instead of focusing on how different we have become, I have learnt to look at the course of each of their lives with curiosity, to absorb the wisdom of both, and to inspire myself with their achievements.
It's this tenderness, and reciprocal predisposition to desire happiness for each other that I hope to maintain for many more years!
Lembro-me de ser adolescente e de contar com dezenas de amigos nas minhas festas de anos. Eu sei que para muitas pessoas a adolescência não é ou foi de todo uma altura feliz. Felizmente no meu caso foi uma fase onde vivi a amizade de forma muito cúmplice e aberta.
Quando os meus amigos iam a minha casa nunca me preocupava se estava arrumada. Este parece um detalhe insignificante, mas pensando bem quantos de nós não pomos as nossas casas num brinco para receber até as pessoas que melhor nos conhecem? Quantos de nós não editamos a nossa forma de estar quando na presença de outros? Apesar de me dar um enorme prazer pôr a casa bonita e cheirosa para receber os meus amigos confesso que tenho saudades da forma desprendida como vivia a amizade, das minhas amigas que apareciam sem serem convidadas, de dormirmos na mesma cama e de partilharmos todas a nossas roupas, maquilhagem e CDs, como se tudo o que possuíssemos pertencesse a todas nós.
Na altura acreditava plenamente que essas amizades se manteriam com a mesma intensidade para todo o sempre. Que viveríamos todas na mesma cidade, que nos apaixonaríamos ao mesmo tempo e que os nossos filhos brincariam uns com os outros. Mas ninguém me disse (ou se calhar disse, mas com todas as certezas que se têm na adolescência, eu não acreditei) que quando chegasse à vida adulta os nossos caminhos naturalmente iriam divergir.
Frequentar diferentes universidades, mudar de país, viver sonhos distintos, conhecer novas pessoas, encontrar o amor, etc. são alguns dos factores que contribuem para essa inevitável separação. Afinal a viagem que cada um de nos faz está em constante mutação e a amizade na vida adulta manifesta-se não na quantidade mas na qualidade do tempo que passamos com quem nos é especial. Não escrevo isto com rancor algum, acho que a este processo se chama: crescer.
Ainda que tenha demorado algum tempo a aceitar que não me iria ser possível manter o mesmo tipo de intimidade com todas as pessoas que me foram especiais durante a adolescência continuo a achar extremamente importante investir na amizade. Cada vez mais acredito que dependemos uns dos outros, e que há algo extremamente libertador em partilhar todas as partes de nós, até as mais feias, com um grupo de pessoas que sabemos que não nos julgará. Muitas vezes a maior parte de nós deposita todo o amor e apoio de que depende numa pessoa só, e isso leva a uma inevitável insatisfação, daí ser tão importante ter um sistema de apoio, uma tribo com a qual podemos contar.
Apeteceu-me escrever sobre a amizade porque recentemente estive com as minhas amigas Vanessa e Fernanda em Londres e as fotos que se seguem foram capturadas durante esse dia. Aquando do nosso encontro, dei por mim a pensar que apesar de não termos a oportunidade de estar muitas vezes juntas continuamos a partilhar uma cumplicidade muito forte. Independentemente de estarmos todas a percorrer caminhos diferentes, encontramos umas nas outras o conforto de quem se conhece há mais de uma década. Ao invés de me focar no quão diferentes nos tornámos, aprendi a olhar para o percurso de cada uma delas com curiosidade, a beber da sabedoria de ambas e a inspirar-me com as suas conquistas. É esta ternura, e predisposição recíproca em desejarmos a felicidade umas das outras que eu espero manter durante muitos mais anos!
We ended up having dinner at Busaba because Vanessa is a creature of habits and loves that chain of restaurants. Unfortunately the menu has changed and her favourite dish is no longer in it...oops! Anyway, I hope we continue to travel the world together and support each other unconditionally. I'm already counting the days for the next reunion. Until then we'll speak on WhatsApp!
Acabámos o dia a jantar no Busaba porque a Vanessa é uma criatura de hábitos e adora essa rede de restaurantes. Infelizmente, para mal dos seus pecados, mudaram o menu e o seu prato favorito já não consta no mesmo...oops! Que continuemos a viajar pelo mundo juntas e a apoiarmo-nos incondicionalmente. Já estou a contar os dias para o próximo reencontro. Até lá vamos falando no WhatsApp!
* These are my own images and they may not be used for commercial purposes without prior consent. In case of a repost please credit me.