I wish I was Wonder Woman
04.06.2017; 00:12 am
I write to you from home. Safe.
I just came from the cinema where I watched the movie Wonder Woman. During 2 hours and 21 minutes I traveled to a reality that, despite the presence of superheroes, is not that different from ours. In Wonder Woman the God of war tries to convince Diana that he is not to blame for the conflict in humanity, that humans confine themselves to this fatal destiny of hurting each other. Wonder Woman doesn't let Ares' polluted ideas influence her and, therefore, chooses to believe in love and to place all her hope in humanity, even though she knows little or nothing about our species.
Wonder Woman is personified by the actress Gal Gadot. A foreigner in Hollywood who, weeks before auditioning for this film, was about to give up on acting because of how hard it is to survive in and from this industry.
I left the cinema and the little box where I keep my inspiration was overflowing from it. Not only because the message of the film was so touching but also because I felt proud in finally seeing a foreign woman, like me, with cinnamon skin, like me, and with an exotic accent, like me, conquering her space on the big screen. As I left the movie theatre, I smiled to myself, allowing me to feel a tiny bit of pride in the course I have taken, and in the perseverance to stay true to my dreams. In that moment I felt even more certain that living in London was the right choice to reach them more easily.
That feeling lasted for only few a seconds. As I picked up the phone and reconnected to the real world I saw that humanity continues to go on under the influence of the God of war.
The post I had written to go with these photos has nothing to do with what you're reading right now. These photographs were taken yesterday, hours before the attack on London Bridge. In that previous post told you about the beautiful day I had. I told you that it was a sunny day and that I strolled with some friends around the city. We stopped to admire the facade of St. Paul's Cathedral, ate ice cream, went to see an exhibition at the Tate modern, ate street food at the Borough market, drank glass of rosé by the riverside, and finally got a bus at London Bridge that took us to to the movies. In this post I told you how beautiful and inclusive my city is. In this post I was not afraid. Still.
I write to you from home. Safe. Continuing to wish not only that one day I'll become Wonder Woman on the big screen but also wishing that humanity, now more than ever, doesn't forget to use its super-power: love.
04.06.2017; 00:12am
Escrevo-vos em casa. Segura.
Acabei de vir do cinema onde assisti ao filme Wonder Woman. Durante 2h e 21 minutos viajei para uma realidade que, apesar de contar com a presença de super-heróis, não é assim tão diferente da nossa. Em Wonder Woman o Deus da guerra tenta convencer Diana de que não é ele o culpado pelo conflito na humanidade, mas sim os próprios humanos que se confinam por si só ao destino fatal de se magoarem uns aos outros. Wonder Woman não se deixa convencer pelas ideias poluídas de Ares, o Deus da guerra, e escolhe portanto acreditar no amor e depositar toda a sua esperança na humanidade, ainda que pouco ou nada saiba sobre a nossa espécie.
Wonder Woman é personificada pela actriz Gal Gadot. Uma estrangeira em Hollywood que, semanas antes de fazer a audição para este filme, esteve para desistir desta indústria pelo facto de ser tão difícil sobreviver nela e dela.
Saí do cinema com a caixinha onde guardo a minha inspiração a transbordar dela. Não só porque a mensagem do filme me tocou mas também porque me senti orgulhosa em finalmente ver uma mulher estrangeira, como eu, de pele cor de canela, como eu, e com um sotaque exótico, como eu, a ter lugar para si no grande ecrã. Ao sair do cinema sorri para mim mesma permitindo-me sentir orgulho no percurso que tenho feito, e na perseverança em manter-me fiel aos meus sonhos. Nesse momento tive ainda mais certezas de que viver em Londres foi a escolha certa para mais facilmente os alcançar.
Essa sensação durou muitos poucos minutos, pois mal agarrarei no telefone e me conectei de novo ao mundo real vi que a humanidade continua sob a influência do Deus da guerra.
O post que tinha escrito para acompanhar estas fotografias nada tem que ver com o que aqui lês agora. Estas fotografias foram tiradas ontem, horas antes do ataque em London Bridge. O post anterior contava-vos sobre o dia lindo que tive. Dizia-vos que esteve um dia verão e que fui, com uns amigos, passear pela cidade. Admirámos a fachada da catedral de St. Paul's, comemos um gelado, fomos ver uma exposição no Tate Modern, comemos street food no Borough market, bebemos copo de rosé à beira rio e, filnalmente, apanhamos um autocarro em London Bridge que nos levou até ao cinema. Nesse post dizia-vos como é linda a minha cidade. Nesse post eu não tinha medo. Ainda.
Escrevo-vos em casa. Segura. Continuando a desejar que não só um dia venha a ser uma Wonder Woman no grande ecrã mas também a desejar que a humanidade, agora mais do que nunca, não se esqueça de utilizar o seu super-poder: o amor.
Utiliza o teu super-poder!
Use your super-power!
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